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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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terça-feira, 14 de outubro de 2014
MOÇÃO DE APOIO AO ESTUDANTE MARLLOS S. DUARTE
NOTA
DE REPÚDIO AO GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS
Atualmente em Goiás estamos
assistindo ao avanço da criminalização dos movimentos sociais e também da
individualização de processos judiciais contra cidadãos participantes de
manifestações e de mobilizações populares, consequência das práticas de políticas
neoliberais e fascistas de nossos gestores públicos, que tentam a todo o custo
garantir o poder e o monopólio das grandes empresas e do capital internacional,
que além de financiarem as próprias campanhas eleitorais dos políticos,
promovem ainda a super exploração da classe trabalhadora e o aviltamento
da nação. Tais tentativas violentas de criminalização fazem parte da promoção e
reprodução das desigualdades sociais via exploração e controle da sociedade,
através dos aparelhos de repressão do Estado, como as polícias, o controle das
mídias e do próprio sistema judiciário.
As perseguições violentas,
condenações arbitrárias e até prisões de inocentes se multiplicaram durante os
meses que antecederam a realização da copa do mundo de futebol no país, e se perpetuaram
de forma ampliada, mesmo após a realização deste megaevento,
desmascarando a chamada democracia burguesa brasileira. Tal violência e
perseguição por parte do Estado capitalista neoliberal em Goiás tem encontrado
vítimas até mesmo dentro da Universidade Estadual de Goiás, onde
professores e estudantes sofreram processos, agressões e prisões durante a
greve geral de 2013. O próprio reitor da UEG, Dr. Haroldo Reimer, chegou a
processar alguns docentes da universidade, culpando os mesmos pela deflagração
da greve geral, numa clara e desesperada tentativa de criminalização e
intimidação do movimento grevista. Ainda durante aquela greve de 2013, o
governador Marconi Perillo, ordenou à Polícia Militar do Estado a bater e
prender os professores e estudantes em greve, fato que se consumou várias
vezes, dentre elas, durante mobilizações realizadas no FICA (Festival
Internacional de Cinema Ambiental) realizado na Cidade de Goiás e também em
atos durante o evento chamado “Governo Itinerante” realizado pelo governador
Marconi Perillo em Anápolis.
Além da greve de 2013 da
UEG, assistimos também a grandes mobilizações populares contra o aumento das
tarifas de ônibus, contra a realização da Copa do Mundo FIFA e também aos
contínuos atos denominados de “Fora Marconi”, contra a corrupção no
governo estadual e o envolvimento do governador Marconi Perillo com o
contraventor Carlos Augusto Ramos (vulgo "Carlinhos Cachoeira").
Nestas manifestações também houve intensa participação de alunos e professores
de várias escolas e universidades, inclusive da UEG, e durante estas
mobilizações democráticas e populares, o aluno do curso de educação física da
UEG UnU – Goiânia ESEFFEGO, chamado Marllos de Souza Duarte, também foi
vítima desta criminalização por parte do Estado, onde o mesmo, além de ter sua
casa invadida por policiais civis, teve seus bens e de seus familiares confiscados
(computadores, celulares, mochilas, cadernos, livros, e etc.) e até mesmo a sua
carteira de identidade foi subtraída pelos policiais e nunca mais
devolvida. Além de toda esta violência e intimidação por parte do Estado
contra o estudante citado, o mesmo vem sendo vítima de dois processos criminais
na Justiça Estadual por atos que ele jamais cometeu ou participou, sendo
processado injustamente e de forma caluniosa pelo Estado. Em uma das
acusações, cuja "vítima" é formada pela máfia do transporte
público da região metropolitana de Goiânia (CMTC e Prefeitura de Goiânia), o
aluno é acusado de liderar as manifestações espontâneas da população, durante a
revolta popular contra a péssima qualidade do transporte e pelo alto valor das
tarifas, sendo que o mesmo nem sequer estava presente no local e hora
citado no referido processo, tendo provas cabais e testemunhas de
que estava dando aulas no estágio onde trabalha. Já sobre o segundo
processo, os policias da ROTAM, no dia 30 de agosto de 2013, abordaram o
estudante da UEG arbitrariamente na rua, a cerca de 5 KM do local onde ocorriam
as manifestações populares e, além de o prenderem sem acusação nenhuma, ainda
colocaram materiais e artefatos balísticos dentro de sua mochila, com o
objetivo de criarem falsas provas.
Já na véspera do início da
Copa do Mundo, a casa do estudante foi invadida, como citado anteriormente, e
na delegacia, o delegado e os policiais o acusavam de ser o líder do movimento
contra o aumento das passagens, sendo que tais movimentos tem como
característica a não hierarquização, ou seja, não possuem líderes ou chefes.
Diante destes acontecimentos
e do momento atual de ampliação da violência e da repressão por parte do Estado
em Goiás, o Movimento Mobiliza UEG vem a público declarar total apoio ao
estudante Marllos de Souza Duarte e também repudiar as atitudes covardes,
caluniosas, injustas e autoritárias praticadas pelo Estado de Goiás, realizadas
pela pessoa de seu governador Marconi Perillo, que de forma leviana, injusta e
fascista tenta a todo custo calar as vozes populares que clamam contra os
abusos e arbitrariedades deste governo corrupto, demagogo e autoritário.
Pelo fim da criminalização
dos movimentos sociais e pelo arquivamento dos processos judiciais contra
cidadãos militantes. Abaixo a repressão e o autoritarismo de Estado. Pela
liberdade de manifestação e de expressão em Goiás e no Brasil. Todo apoio aos
movimentos sociais populares e contra o autoritarismo do Estado.
MOVIMENTO
MOBILIZA UEG
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