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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Violência e Repressão no FICA: alunos e professores da UEG e UFG agredidos e presos

   
TRÊS DE JULHO COM TRÊS NOTÍCIAS NO FICA – MANIFESÇÃO, MARCONI E POLÍCIA
Ana Gabriela Colantoni
Professora UFG


Este dia 03 de julho de 2013 foi marcado por contradições: de um lado, o governador Marconi Pirillo participando da abertura do principal evento que ocorre na Cidade de Goiás – o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) – de outro lado, a manifestação “Fora Marconi”, que com um caixão, expressava o enterro de todas as promessas de campanhas não cumpridas.  Mas a contradição mais absurda é observada pela postura dos policiais, que ao invés de garantirem o direito constitucional de ir e vir dos cidadãos e de se manifestarem, preferiram cumprir as ordens do patrão, ao fazer bloqueios, agir com truculências e agressões, prisões despropositadas do padre da comunidade, dos professores e dos alunos da UFG e UEG. A ameaça dirigida ao líder foi cumprida: disseram que se a manifestação não fosse esvaziada, as agressões começariam. É impressionante a turbulência causada pela polícia para conter uma manifestação que ocorria pacificamente apenas com cartazes e palavras de ordem.

Em tempos em que a polícia garante o poder do privado em detrimento do público, a imprensa ganha maior responsabilidade sobre a necessidade de se fazer justiça. Ruyter Fernandes filmou as atitudes dos policiais e dos amigos de Marconi: de impedir as passagens, os roubos de cartazes, o roubo do caixão, agressões, pisoteamentos, sprays de pimenta, prisões inesperadas, além da vinda da tropa de choque. Uma senhora pisoteada ficou inconsciente e foi levada pelo corpo de bombeiro.  Um policial a paisana tentou roubar a câmera de Ruyter Fernandes, que conseguiu salvar seus arquivos em uma das casas de moradores. E para fechar as contradições, enquanto nossos amigos engajados foram algemados e estavam sendo conduzidos para a delegacia, o samba no coreto foi antecipado, de tal modo que a rede globo filmava o início das festanças.




   

Um comentário:

  1. Lembro-me desse dia com repulsa. Nada poderia justificar a atitude bárbara da polícia, vi lançarem spray de pimenta em manifestantes sentados no chão e tentaram me intimidar quando viram que eu tentava filmar, fui também atingido pelo spray e como sou alérgico fiquei mal por vários dias o que prejudicou as atividades que eu estava realizando durante o FICA.

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