Depois de dois meses em greve e ocupação, pode-se dizer que esta é uma das maiores vitórias do movimento estudantil da UNESP: após ocupação da reitoria, conseguiu-se que toda a demanda de bolsas socioeconômicas fosse atendida durante a atual gestão. Mas não devemos nos iludir; muitos problemas só poderão ser sanados com as direções locais e vê-se, nestes dois meses, que pouquíssimos foram os avanços nesse âmbito, seja em Marília, seja nos outros campi que estão em greve.
Pautas muito sensíveis aos estudantes da FFC mal sequer foram discutidas, como a questão do CAUM, em que a proposta por parte da direção é de acabar com a forma horizontal deste se organizar; questões de permanência estudantil, como tirar do papel a reforma do Restaurante Universitário, e sabendo que dificilmente a demanda total será atendida, a construção de um novo prédio para a alimentação daqueles que precisam desse espaço e como os alunos excedentes moradores da Moradia Estudantil de Marília, propondo-se que a direção alugue casas para estes estudantes até que a situação na Moradia, com a construção de novos blocos, esteja resolvida. Essas importantes demandas só podem ser sanadas aqui, e não mais com a Reitoria: para a construção na Moradia, por exemplo, deve-se votar esta construção no Plano de Obras local na Congregação. Hoje, essa construção figura nas últimas do Plano.
Permanecemos em greve e em ocupação também em apoio aos docentes e funcionários, que também se encontram em greve em alguns campi, mas muito pouco avançaram em suas pautas, como o aumento do salário (após um pífio aumento de 5,39% proposto pela reitoria), questões que tangem a produção acadêmica e científica da universidade, e a discussão de planos de carreira aos trabalhadores da UNESP. A continuação se dá também em apoio aos demais campi que, assim como o nosso, pouco avançaram em pautas locais (ou nada avançaram), além da garantia que em nenhum lugar, depois de uma greve tão forte e vitoriosa, aconteçam repressões aos estudantes e trabalhadores mobilizados.
Outro ponto importante é a pressão que nossa mobilização, junto ao fórum das seis, pode causar na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) para o repasse maior do ICMS às universidades estaduais do Estado de São Paulo e ao Centro de Paula Souza; a luta é para que esse repasse seja de 11% às universidades e de 2% ao Centro de Paula Souza.
Vemos que, por mais vitoriosa que tenha sido nossa mobilização, ainda faltam coisas de extrema importância a conseguirmos; mas, exatamente com a grande vitória conquistada até agora, mostra-se que é exatamente a forma como nos mobilizamos que trouxe resultados expressivos ao corpo discente. Assim, seguimos a orientação do DCE-HR, e permaneceremos mobilizados até que nossa pauta seja acatada.
* TODO APOIO À LUTA DOS ESTUDANTES DO CAUM!!!
* ISONOMIA JÁ: TODO APOIO À TRABALHADORES E DOCENTES!!!
* SOLIDARIEDADE COMPLETA AOS ESTUDANTES DOS DEMAIS CAMPI!!!
* AUMENTO DE VERBAS PARA EDUCAÇÃO: 33% DO ICMS PARA A EDUCAÇÃO, 11% PARA USP, UNESP, UNICAMP, 2% PARA O CENTRO PAULA SOUZA!!!
Marília, 01 de julho de 2013
Assembleia Geral de Estudantes da FFC-UNESP-Marília
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