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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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sábado, 27 de abril de 2013
Dúvidas sobre a greve na UEG: perguntas e respostas
Alguns
professores daqui estão preocupados que se aderirmos a greve teríamos o ponto
cortado e ficaríamos sem receber. Isso porque segundo eles pelo fato do
movimento não estar vinculado a um sindicato. Isso procede?
Aguardo
retorno.
Saudações.
RESPOSTA:
A
Constituição Federal brasileira garante o direito de os trabalhadores fazerem
greve, assim:
"Art.
9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.
§ 1º - A
lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento
das necessidades inadiáveis da comunidade.
Em nenhum artigo ou parágrafo ou
alínea ou item impõe a condição de que a assembleia para deliberar sobre a
greve deve ser convocada e dirigida pelo sindicato.
A lei nº
7.783/1989, que regulamentou a greve nas empresas privadas (no serviço
público não foi regulamentada ainda), dentre outras coisas, prevê o seguinte:
"Art. 1º É
assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender". Sobre os procedimentos para deliberação, afirma: "Art.
4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu
estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e
deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços". Porém,
no parágrafo 2º, faculta: "§ 2º Na
falta de entidade sindical, a assembléia geral dos trabalhadores interessados
deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo
comissão de negociação".
Bem, os professores da UEG possuem uma entidade sindical? Legalmente, não,
tanto que a ADUEG, que é formalmente irregular, não consegue obter o desconto
mensal dos salários dos seus filiados. Mesmo que existisse, os próprios
trabalhadores podem convocar a assembleia, independente da vontade da
diretoria, e se decidirem pela realização da greve. Isso está assegurado no
próprio § 2º.
Portanto, não será a ausência de uma entidade sindical que assegurará ao
governo (patrão) a arbitrariedade de subtrair os nossos vencimentos
proporcionalmente aos dias de paralisação. O que garante a ele essa faculdade
arbitrária e autoritária é uma decisão judicial, considerando a greve ilegal.
Isso depende do entendimento do juiz e independe da existência ou não de um
sindicato no comando. Basta recordar como exemplo as duas últimas greves dos
trabalhadores da educação básica da rede estadual de Goiás, uma no governo
Alcides Rodrigues (o El Cidin) e a mais recente no atual governo Marconi
Perigo. Ambas
controladas pelo SINTEGO.
Para além
dessas formalidades (ao contrário do que parece, a lei não comporta a vida),
devemos levar em conta que a nossa possível futura greve, como a de 70 dias
feita na ESEFFEGO e de 30 dias nas unidades de Anápolis em 2003, assim também a de 34 dias
realizada em 2007 (12 unidades participaram total ou parcialmente), será
deflagrada por alunos, professores e, provavelmente, alguns funcionários
administrativos. Não há lei que preveja este tipo de situação. Logo, o que vai
definir o sucesso ou o fracasso da paralisação é a correlação de força nossa
com o governo. Na verdade, foi assim em toda a história da luta de classes,
entre trabalhadores e patrões (aí incluído o Estado), independente de leis.
Luta de classes, entende? Ou assumimos a nossa causa e enfrentamos os
"donos do poder" (econômico, político, etc.) ou subsumimos
passivamente ao estupro praticado diariamente contra nós.
Saudações
combativas.
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Por isso a necessidade de visibilidade da Greve, quanto maior pressão nas ruas, mais rápido o dialogo com o governo. Creio que o ato na AGETOP, proposto pelo comando de greve da ESEFFEGO pode ser o nosso primeiro unificado com as unidades em Greve, o que acham?
ResponderExcluirA respeito das colocações acima as greves na UEG com mencionadas tem uma característica própria, só que participa ativamente dela consegue entender como esse movimento existe e se consolidada. Nesse momento também temos que ficar atento as manobras de instituições, partidos que tentam conduzir o movimento sem respeitar as decisões tomadas na assembleia, reforçando que a decisão da assembleia foi criar comandos de greve locais, e estes serem responsáveis pelos atos nas cidades e unidades, deixando bem claro que teríamos atos em que os comandos de greve se unificam para executar esse. O mais importante nesse momento é consolidar os comandos de greve locais e ampliar as bases de apoio, mas a greve tem que ser vista para ser sentida pelo governo do Estado. Saudações Grevilheiras
Boa noite, eu gostaria de saber se a greve tem previsão de término!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirUma greve quando se inicia, não há previsão de término. O tempo de greve depende de vários fatores, dentre os quais, das mobilizações, do engajamento dos participantes e do atendimento das reivindicações exigidas. UEG em GREVE por tempo indeterminado!
ResponderExcluirMovimento Mobiliza UEG
Não há como discutir sobre educação se não levar em conta a divisão de classes. Existe a educação para os ricos e educação para os pobres em uma sociedade dividida em classes. É preciso sim de uma educação de qualidade para todos, e não apenas para uma pequena minoria (educação da elite). Logo, temos que acabar com a divisão de classes sim, e a leitura de Marx é fundamental para compreensão destas idéias.
ResponderExcluirMovimento Mobiliz UEG