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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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quinta-feira, 18 de abril de 2013
Carta de Repúdio do Movimento Mobiliza UEG contra os vereadores da Cidade de Goiás
EM DEFESA DO CONCURSO
PÚBLICO NA UEG NA CIDADE DE GOIÁS
Durante
décadas, pessoas comprometidas com a melhoria dos serviços públicos lutaram
para que o CONCURSO PÚBLICO se tornasse um preceito constitucional. Isso foi
conseguido com a Constituição Federal de 1988, que, no inciso II do artigo 37,
estabelece o seguinte: "a
investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração”. Esta determinação está prevista, também, na Constituição do Estado
de Goiás (art. 92, II). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDBEN (Lei nº 9.394/1996) – reafirmou esse princípio: “Art. 67 – Os sistemas de
ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação,
assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira
do magistério público: I – ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos”.
Na
UEG, esse preceito legal só começou a ser posto em prática depois de muita luta
de professores, estudantes e funcionários administrativos, que forçaram o
governo estadual a realizar concursos para a contratação de professores. Apesar
do esforço da comunidade universitária, ainda há mais de 50% dos professores e
cerca de 90% dos funcionários administrativos da UEG que não são concursados,
trabalham mediante contrato temporário de até dois anos de duração. A
persistência dessa situação, além de ser um desrespeito a esses trabalhadores,
dificulta a melhoria da qualidade do ensino e o desenvolvimento da pesquisa e
da extensão na Universidade Estadual.
Mas,
embora sejam evidentes os benefícios que o concurso público traz para
professores e funcionários e para a melhoria da formação oferecida pela UEG aos
jovens goianos, ainda há pessoas que se opõem a esse princípio racional e
legal, como ocorreu recentemente na cidade de Goiás. Para permitir a transferência
de um professor concursado para a Unidade da UEG na cidade de Goiás, o diretor
teve de dispensar um professor que trabalhava com contrato temporário. Em
reação a esse procedimento administrativo normal e legal, algumas pessoas
detentoras de mandato na Câmara Municipal, agindo contra a racionalidade da
administração pública e contra a lei, se posicionaram contra o ato do diretor.
Uma atitude que em nada contribui para o desenvolvimento da educação pública
superior no nosso estado. Os seus mandatos, dados pelo povo, seriam melhor
aproveitados se utilizados para apoiar a luta por mais concursos, por mais
verbas para a UEG e para debater os seus problemas e buscar soluções.
Fica
aqui o nosso repúdio a essa atitude demagógica, irracional e ilegal dos que se
insurgiram contra a contratação do professor concursado na Unidade da UEG da
cidade de Goiás. E todo o nosso apoio aos procedimentos do diretor para
garantir a transferência do referido docente. Com medidas assim, ganham os
estudantes, ganha a comunidade universitária e ganham todos os que vierem a
ingressar na UEG no futuro.
Em
defesa do concurso público e contra todo tipo de interferência indevida nos
assuntos internos da Universidade Estadual de Goiás.
Cidade de Goiás, 19 de abril de 2013.
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