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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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sábado, 10 de outubro de 2015
NOTA DE REPÚDIO À AGRESSÃO DO POLICIAL MILITAR A UMA ESTUDANTE DO CAMPUS UEG - ESEFFEGO
O
Movimento Mobiliza UEG repudia a
agressão sofrida pela aluna do curso de Fisioterapia da UEG campus Goiânia
ESEFFEGO na noite do dia 15 de setembro último, praticada por um policial
militar fardado e armado com a presunção de fazer justiça à própria filha
adulta (aluna do curso de Educação Física),
sem que houvesse nenhum motivo que justificasse tal brutalidade. Mais do que
desproporcional, o ato violento do pai policial foi criminoso. Após ter sido
denunciado aos órgãos competentes, espera-se que sejam tomadas a medidas
necessárias à reparação do crime e que, assim, ele seja desestimulado a cometer
violência contra outras pessoas.
O Movimento Mobiliza UEG apoia
enfaticamente os que tomaram a iniciativa de levar a efeito a
publicização dos atos de violência praticados pelo policial, pois tais
ações violentas contra estudantes não devem ser ocultadas ou
mascaradas, mas, sim, denunciadas de forma contundente.
O Movimento Mobiliza UEG reprova os encaminhamentos
dos dirigentes do campus, que deram margem à suspeita de que a violência do pai
policial contra a aluna de Fisioterapia não teria uma resposta adequada pelos
meios institucionais. Além disso, não asseguraram a devida transparência a um
fato público e de tamanha gravidade, evitando que voltasse a se repetir.
É também lamentável que tenham desviado o foco da
questão fundamental, que é o ato do pai policial contra uma aluna dentro do
campus, para fatos de menor relevância que são invocados como motivação, reforçando
a visão reacionária da culpabilização e justificadora da violência sob a
alegação de fazer 'justiça com as próprias mãos'.
A ideia equivocada de punir as duas alunas que se
envolveram num pequeno desentendimento, que motivou a ação violenta do policial,
coaduna com a concepção militarista de que a principal forma de educar é
através da punição. Isso reforça o papel da educação como reprodutora das
relações de dominação e dos valores conservadores contrários à emancipação
humana.
A culpabilização da vítima, além de gerar mais
estigmatização e humilhação, é uma forma de esconder a verdade dos fatos e de
proteger o verdadeiro culpado.
Na perspectiva de uma educação emancipadora
humanista, em vez de punição às alunas, sugerimos uma ação mediadora para levá-las a reconhecerem seus equívocos e superá-los,
comprometendo-se a abdicar da violência na relação com os demais, mesmo quando
houver conflitos de interesses. A ideia de que somente com a punição das
estudantes é possível debelar os conflitos é a expressão de um realismo tosco.
Quanto aos encaminhamentos em relação aos atos do
pai policial, que sejam levados às últimas consequências, visto que sua
condição é diferente, privilegiada, tem outro significado.
O Movimento Mobiliza UEG também repudia qualquer forma
de retaliação ou punição aos alunos, funcionários e professores que
participaram e organizaram os atos de apoio e de solidariedade às estudantes do
campus ESEFFEGO contra a violência do policial militar.
MOVIMENTO MOBILIZA UEG
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