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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

NOTA DE REPÚDIO


Nota de Repúdio

Os professores do curso de Educação Física da UEG UnU – Goiânia ESEFFEGO, em reunião de colegiado, deliberaram expressar publicamente repúdio às ações de violência e de arbitrariedade realizadas pelo Governo do Estado de Goiás, através da Polícia Civil e também da Polícia Militar, dirigidas contra o estudante da UEG Marllos Souza Duarte na madrugada do dia 23 de maio de 2014. O mesmo teve sua residência arrombada, invadida e seus bens subtraídos por agentes encapuzados da polícia civil, que fortemente armados, agrediram e tentaram intimidar o estudante e ainda membros de sua família. Os bens e pertences do aluno, assim como também de seus familiares, tais como celulares, notebooks e mochilas, foram confiscados arbitrariamente pelos agentes da polícia civil, numa clara tentativa de criminalização. O estudante foi injustamente alvo destas ações da polícia, sem qualquer comprovação ou prova legal de sua participação em atividades ilegais ou criminosas. No entanto, a deflagração desta operação da polícia demonstra claramente a motivação explícita em intimidar e também criminalizar estudantes participantes de movimentos sociais na cidade de Goiânia. Além do estudante Marllos Souza Duarte da UEG, o aluno João Marcos (Senai) e ainda os alunos  Yan Caetano e Heitor Vilela, ambos da UFG, também sofreram as mesmas agressões e violações feitas pela polícia.
Sabemos que estas ações de criminalização aos integrantes de movimentos sociais, tais quais as realizadas através da chamada “Operação R$2,80” em Goiânia, não formam uma exceção, pois ocorreram também várias outras operações policiais simultâneas em todo o país, com prisões arbitrárias e envio de intimações às residências de manifestantes. Não de forma coincidente, durante os dias em que antecedem a realização da Copa do Mundo no Brasil, ocorrem essas ações de repressão e de criminalização realizadas pelo Estado, cujo objetivo principal é o de criminalizar e de intimidar participantes e integrantes de movimentos sociais, que lutam por melhorias no transporte público, pelo direito à moradia digna, pela saúde pública e também por uma educação de qualidade.
Neste momento atual de insurgência das ruas, evidenciado principalmente através das manifestações dos meses de maio e junho de 2013, através da ação direta em forma de movimentos sociais, e da luta popular organizada, urge incentivar, preservar e respeitar o direito de manifestação, de liberdade de pensamento e de expressão, que são elementos fundamentais e inelimináveis de uma sociedade verdadeiramente democrática. As ações espontâneas, corajosas e libertárias destes estudantes citados, servem de exemplo à toda atual geração de brasileiros submetidos à opressão e exploração manifestas pelo capitalismo selvagem e globalizado em vigor. As mudanças almejadas por todos nós e as transformações relevantes dentro da injusta e desigual realidade brasileira, somente se efetivarão através da luta e do poder popular nas ruas.
Abaixo a repressão do Estado!
 Goiânia, 09 de junho de 2014

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