Por essa razão, a direção da Unifesp resolveu adotar várias iniciativas com o objetivo de colaborar para esclarecer as circunstâncias em que foi cometido o assassinato, bem como apurar as responsabilidades. Fazemos, em seguida, um relato sintético das providências assumidas até o momento.
Na última sexta-feira, 02 de agosto, a direção do campus Baixada Santista convocou uma reunião extraordinária da Congregação, para informar a comunidade sobre o ocorrido e discutir encaminhamentos. Na ocasião, decidiu-se a convocação de uma nova reunião, agendada para segunda-feira, dia 05 de agosto, desta vez com a presença de toda a comunidade acadêmica.
A reunião do dia 05 foi realizada com a presença das pró-reitoras de Graduação e de Extensão, representando a reitoria da Unifesp, e da direção do campus Baixada Santista.
No encontro, todos manifestaram sentimento de indignação face ao assassinato. Vários oradores ressaltaram o papel social da universidade no que diz respeito à discussão sobre a violência e a violação de direitos humanos praticados contra a sociedade.
Na reunião foram discutidas várias propostas de encaminhamento com o objetivo de auxiliar a família de Ricardo, discutir a questão da segurança com as autoridades políticas e representantes da segurança pública da cidade de Santos e colocar a universidade à disposição das autoridades para colaborar com as investigações da Polícia Civil. São elas:
- Acompanhar a família de Ricardo, em especial a mãe, aos serviços especializados de atendimento às vítimas de violência, dando continuidade às ações já desenvolvidas desde o velório e sepultamento;
- Organizar espaços de reflexão – incluindo rodas de conversa com especialistas – que abordem questões sobre violência, condições de vida e garantia de respeito aos direitos humanos. A comunidade universitária assumiu a responsabilidade pela organização destas atividades;
- Planejar movimentos/atividades/atos a favor da vida e da garantia de direitos, na perspectiva de que se possa esclarecer e punir os culpados pelo assassinato de Ricardo;
- Realizar ações institucionais junto à Prefeitura Municipal de Santos, à Corregedoria da Polícia Militar/Santos e à Secretaria Estadual de Segurança Pública procurando ampliar o debate sobre as questões de segurança no bairro, a elaboração de uma política de segurança para a comunidade, abrangendo diferentes direitos ao transporte, iluminação, segurança pública e equipamentos sociais;
Além disso, a direção do campus está em diálogo com a Corregedoria da Polícia Militar de Santos para discutir o caso, os problemas de segurança pública da região e a situação de violência e violação de direitos humanos, vividas pelos estudantes e moradores do município
Simultaneamente, a Reitoria da Unifesp está em contato com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, e com o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, com o objetivo de discutir o assassinato do funcionário e também os problemas de segurança da região. Ademais, pretende realizar futuras audiências públicas com autoridades municipais e estaduais
Nesse momento de perplexidade e pesar, a reitoria da Unifesp e a Direção Acadêmica do campus Baixada Santista esperam que a universidade possa ao menos contribuir, por meio do debate e da reflexão crítica, para que o assassinato de Ricardo Ferreira Gama permita ao menos propiciar avanços na luta por uma sociedade mais justa, mais democrática, mais livre.
07/08/2013 18:30
Nenhum comentário:
Postar um comentário