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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Quem matou Ricardo?

Posicionamento da Unifesp sobre o assassinato do funcionário Ricardo Ferreira Gama 
A reitoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) manifesta publicamente seu pesar pelo assassinato do colaborador Ricardo Ferreira Gama, funcionário terceirizado dos serviços de limpeza do campus Baixada Santista desta universidade. Manifesta também o seu repúdio à violência que se abateu sobre Ricardo, que atinge direta e indiretamente toda a comunidade acadêmica.
Por essa razão, a direção da Unifesp resolveu adotar várias iniciativas com o objetivo de colaborar para esclarecer as circunstâncias em que foi cometido o assassinato, bem como apurar as responsabilidades. Fazemos, em seguida, um relato sintético das providências assumidas até o momento.
Na última sexta-feira, 02 de agosto, a direção do campus Baixada Santista convocou uma reunião extraordinária da Congregação, para informar a comunidade sobre o ocorrido e discutir encaminhamentos. Na ocasião, decidiu-se a convocação de uma nova reunião, agendada para segunda-feira, dia 05 de agosto, desta vez com a presença de toda a comunidade acadêmica.
A reunião do dia 05 foi realizada com a presença das pró-reitoras de Graduação e de Extensão, representando a reitoria da Unifesp, e da direção do campus Baixada Santista.
No encontro, todos manifestaram sentimento de indignação face ao assassinato. Vários oradores ressaltaram o papel social da universidade no que diz respeito à discussão sobre a violência e a violação de direitos humanos praticados contra a sociedade.
Na reunião foram discutidas várias propostas de encaminhamento com o objetivo de auxiliar a família de Ricardo, discutir a questão da segurança com as autoridades políticas e representantes da segurança pública da cidade de Santos e colocar a universidade à disposição das autoridades para colaborar com as investigações da Polícia Civil. São elas:
- Acompanhar a família de Ricardo, em especial a mãe, aos serviços especializados de atendimento às vítimas de violência, dando continuidade às ações já desenvolvidas desde o velório e sepultamento;
- Organizar espaços de reflexão – incluindo rodas de conversa com especialistas – que abordem questões sobre violência, condições de vida e garantia de respeito aos direitos humanos. A comunidade universitária assumiu a responsabilidade pela organização destas atividades;
- Planejar movimentos/atividades/atos a favor da vida e da garantia de direitos, na perspectiva de que se possa esclarecer e punir os culpados pelo assassinato de Ricardo;
- Realizar ações institucionais junto à Prefeitura Municipal de Santos, à Corregedoria da Polícia Militar/Santos e à Secretaria Estadual de Segurança Pública procurando ampliar o debate sobre as questões de segurança no bairro, a elaboração de uma política de segurança para a comunidade, abrangendo diferentes direitos ao transporte, iluminação, segurança pública e equipamentos sociais;

Além disso, a direção do campus está em diálogo com a Corregedoria da Polícia Militar de Santos para discutir o caso, os problemas de segurança pública da região e a situação de violência e violação de direitos humanos, vividas pelos estudantes e moradores do município
Simultaneamente, a Reitoria da Unifesp está em contato com o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, e com o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, com o objetivo de discutir o assassinato do funcionário e também os problemas de segurança da região. Ademais, pretende realizar futuras audiências públicas com autoridades municipais e estaduais
Nesse momento de perplexidade e pesar, a reitoria da Unifesp e a Direção Acadêmica do campus Baixada Santista esperam que a universidade possa ao menos contribuir, por meio do debate e da reflexão crítica, para que o assassinato de Ricardo Ferreira Gama permita ao menos propiciar avanços na luta por uma sociedade mais justa, mais democrática, mais livre.
07/08/2013 18:30

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