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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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sexta-feira, 21 de junho de 2013
As Mentiras da Reitoria da UEG
A UEG tem uma história interessante, no
que se refere aos seus reitorados. Nesses14 anos de sua existência oficial, houve
três reitores “eleitos”. Os mandatos dos dois primeiros, José Izecias de
Oliveira e Luiz Antônio Arantes, que não eram professores efetivos da
Universidade, sofreram intervenções dos governadores, por causa de
irregularidades na gestão do dinheiro da Instituição. Devido a esse fato, esses
reitores foram alvo de investigações do ministério público, chegando a ter seus
bens bloqueados pela justiça. Nas relações internas com a comunidade
universitária, usaram e abusaram da condição de reitor para modificar o estatuto
da Universidade com o objetivo de se perpetuarem no cargo e manter seus apaniguados
nos cargos, além de tomarem decisões autoritárias.
O terceiro e atual reitor, antes de ser
eleito, chegou ao cargo como interventor nomeado pelo atual governador. Antes
da sua nomeação, Marconi Perillo fez uma intervenção “branca”, recriando o
cargo de vice-reitor e investindo nele a ex-secretária estadual de educação,
Eliana França, antes mesmo de induzir o então reitor, Luiz Antônio Arantes, a
renunciar ao cargo. O ato seguinte do governador foi ditar um novo estatuto
para a UEG, em substituição ao original, elaborado por uma assembleia estatuinte
interna, ainda em 1999, com a justificativa de que era necessário fazer isso
para afastar a turma da bandalheira que se instalou nos cargos da reitoria e da
administração central da universidade com sua conivência. O estatuto original,
como já indicado, foi totalmente desfigurado para permitir a continuidade desse
grupo na reitoria. Tudo com as bênçãos do governador.
Após a intervenção que colocou no cargo
o atual reitor no início de 2012, Marconi Perillo mandou aprovar uma lei que
instituiu a lista tríplice nas eleições para os cargos de gestão da UEG, de coordenadores
de cursos a reitor. Com essa medida, o atual governador criou um mecanismo
“legal” para continuar controlando a reitoria. Ostentando os mais elevados
títulos acadêmicos (havia vários professores na UEG com igual titulação), o
interventor e atual reitor, Haroldo Reimer, conquistou vários setores da comunidade
uegena, mesmo estando na metade do estágio probatório como professor concursado.
O processo eleitoral, o mais rápido da história da universidade, foi marcado pela
votação recorde em um dia, chegando a obter mais de 90% dos votos válidos,
sendo candidato único. O curioso é que o total de votos nunca
foi divulgado. Seria por medo de revelar que nem metade dos professores e estudantes
participaram da votação? Esse fato foi observado em várias unidades. Mantendo-se
o segredo, pode-se perpetuar o mito da maior votação nas eleições para reitor.
Esse
mito foi reforçado pela crença de muitos de que, elegendo um professor “acadêmico”,
a UEG entraria numa nova era de prosperidade e pujança. No entanto, os fatos têm
demostrado que esse reitorado está mais preocupado em adular o governo para
garantir vantagens, segundo seus interesses casuístas. Por isso, mesmo sem
nenhuma previsão de mais recursos para o financiamento da UEG, o reitor admite
a imposição do governador Marconi Perillo de instalar mais três unidades
universitárias. É a multiplicação da precariedade, por cuja superação
professores, estudantes e funcionários administrativos se encontram em greve há
quase 60 dias.
Numa
audiência pública com a finalidade de discutir a criação de mais uma unidade da
UEG, na cidade de Valparaíso, o reitor afirmou: “o
pleito de Valparaíso tem a minha simpatia, mas temos que andar de forma
cadenciada, com planejamento”. É possível que o “planejamento” ao qual se
refere emanará do palácio do governo estadual, com vistas a tentar arranjar
mais votos para a reeleição de Marconi Perillo no próximo ano. Esse fato mostra
claramente como o reitor encara a autonomia outorgada à UEG pelo atual
governador: o governador manda e o reitor cumpre, sem exigir o aumento dos
recursos públicos para o financiamento da instituição. Esses fatos deixam bem
claro o quanto o reitor está comprometido com a expansão eleitoreira da UEG
pretendida por Marconi Perillo. Diante dessa postura, cabe perguntar: qual a
diferença entre o atual e os outros reitores que o antecedeu?
O reitor insiste em afirmar que vai criar uma política
estudantil capaz de satisfazer as necessidades dos alunos. Até o momento, isso
continua sendo uma promessa de campanha, propalada pela atual pró-reitora de
Extensão e Assuntos Estudantis, apadrinhada de Marconi Perillo, que veio para
esse cargo junto com a ex-vice-reitora interventora, Eliana França, no início
de 2011. Passados mais de dois anos, ela nunca apresentou sequer um esboço de
política de apoio aos estudantes. Além da insuficiência dos recursos para isso,
essa gente não possui compromisso com a UEG.
Até hoje, nunca foram repassados pelo governo os 2% da
receita líquida do estado para o financiamento da Universidade, que é uma
determinação constitucional. Todos sabemos, e o próprio reitor confirma, que
esses recursos são insuficientes para atender as necessidades básicas da
Instituição. Sendo assim, como cumprir promessas de campanha feitas por ele em
relação aos estudantes, sem o indispensável aumento das verbas para implementá-las?
O que causa estranheza é o flagrante descumprimento da constituição estadual
sem que nada aconteça com o governo. Onde estão os órgãos de fiscalização da
aplicação dos recursos públicos definidos na lei maior do estado?
Mais
mentiras evidenciadas nas páginas da UEG, que mostram claramente que sua
seriedade e suas aparentes boas intenções não se concretizam em ações práticas,
sendo responsáveis por criarem miragens. Desde que a greve foi deflagrada, o
reitor tem usado a página eletrônica da UEG para divulgar contrainformações,
afirmando compromissos com a comissão de negociação do nosso movimento que
nunca foram firmados. Além disso, não perde oportunidade de fazer ameaças escritas
aos grevistas, depois, pede desculpas oralmente em público, mas não por escrito
no mesmo meio de divulgação da Instituição. Anuncia reuniões de negociação que
nunca foram agendadas e usa encontros com diretores para tentar intimidar o
movimento.
No tocante ao projeto
de reformulação do Plano de Cargos e Salários, todos os trâmites têm sido
acompanhados pelo Mobiliza UEG, sendo que as principais mudanças em benefício
dos professores foram decorrentes da nossa mobilização, especialmente a
supressão do parágrafo 4º do artigo 8º, que, no projeto original enviado ao
governo pela reitoria, estabelece uma quarentena de quatro anos para que o
doutor que obtenha o título de pós-doutor ascenda à última classe da carreira e
passe a receber os 20% adicionais que lhe são de direito. Nesse particular, a
reitoria, de forma oportunista, divulgou uma contrainformação no sítio da
Universidade na tentativa de depreciar os participantes deste Movimento
Mobiliza UEG, ao mencionar que as manifestações na Assembleia Legislativa
estavam comprometendo a votação do projeto. Pior ainda, afirma na matéria que a
pró-reitora de Planejamento, Gestão e Finanças foi quem contornou a situação.
Mentira descarada!
Essa postura da
reitoria deve ser repudiada e contestada por todos os participantes deste
Movimento. Não podemos permitir que a Reitoria utilize dos canais de informação
da Instituição para tripudiar sobre o nosso legítimo Movimento Mobiliza UEG, na
tentativa de desqualificar a sua atuação. O Movimento Mobiliza UEG tem lutado,
incansavelmente, pela aprovação do projeto de reformulação do Plano de Cargos e
Salários, assim como por concursos, por restaurantes universitários e moradia
estudantil, por bolsas para os estudantes, por aumento salarial, dentre outros.
Além disso, foi nossa a iniciativa de incluir emendas no projeto da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) para atendimento de demandas da UEG no próximo ano.
Foi nossa a iniciativa de propor, via LDO, a garantia de repasse dos 2%
efetivamente para a UEG. Os atuais ocupantes da reitoria sequer tinham conhecimento
da existência desse projeto. Por causa da inépcia da atual gestão, a UEG
poderia ficar sem recursos para os necessários investimentos em 2014,
totalmente entregue ao arbítrio do negligente governo estadual. Esse episódio revela,
mais uma vez, a incompetência do atual reitorado para desempenhar devidamente
aquilo que é de sua responsabilidade.
É
por essas e outras que não devemos levar a sério as miragens vindas da reitoria
e devemos continuar firmes pressionando o governo para atender a nossa pauta de
reivindicações. Até agora, os procedimentos do atual reitor são muito parecidos
com os dos anteriores, que mandavam seus funcionários espionar nossas
assembleias e divulgar informações mentirosas contra o Movimento.
MOVIMENTO MOBILIZA UEG
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Esse é o documento mais duro produzido pelo Movimento Mobiliza UEG contra o atual reitor prof. Haroldo Reimer. Ouvi e li algumas coisas, mas, percebia que havia alguma problema na comunicação entre as lideranças do MobUEG e a reitoria. Os primeiros recusam peremptoriamente qualquer negociação com o reitor, enquanto esse último, muito mal assessorado comete erros desde o início. No entanto, algumas informações nesse texto me parecem incorretas. A eleição do prof. Haroldo foi amplamente divulgada, inclusive na página da UEG, com dados por parte da Comissão Eleitoral dos percentuais e o quantitativo de votantes. Foi muito questionado o fato de haver candidatura única, embora se saiba que a proª. Maria Salette era pré-candidata representando os agrupamentos anteriores, tinha também o diretor de Quirinópolis, enfim, por uma série de motivos Haroldo lançou sua candidatura e foi eleito de forma legítima. Não houve qualquer tipo de contestação. Lembro-me que na Unidade Jundiaí, um grupo pequeno de professores, muitos defensores da movimento autogestionário (uma dessas modinhas marxistas), começaram a falar cobras e lagartos do novo reitor lembrando de sua condição como interventor (penso que se estavam insatisfeitos porque não lançaram um candidato que defendesse seu ideário anarquista). O Mobiliza UEG surgiu daí, angariando o apoio principalmente dos alunos, presas fáceis de sua verborragia ideológica, verdadeira lavagem cerebral. O que se vê hoje nas assembleias que são convocadas é exatamente o que a liderança do Mob UEG quer: radicalismo puro (senão ódio puro), com membros exaltados, incapazes de minimamente estabelecer uma negociação civilizada. O reitor mal assessorado e inexperiente, ainda no início de sua gestão, sob tal cerco do Mob UEG, ficou enfraquecido e podemos voltar ao estado em que estávamos antes da intervenção. Dois meses de greve, e pelo que estou lendo vai se chegar a três ou quatro meses. É claro que não dá para confiar plenamente no governo do Marconi e precisamos cobrar o reitor, mas como fazer isto com esse tipo de postura? Aqueles que opinam contrariamente são atacados de forma violenta, e assim não se deve chegar a nenhum lugar. Prevejo o fracasso.
ResponderExcluirPerfeito cara. Ótimo texto! Esses imbecis do MOBUEG são esquerdistas de merda preocupados com greve de outros(UNESP) e pouco estão aí para a UEG e sim para suas campanhas eleitorais dentro e fora da UEG (eleições de diretores). Se dizem democráticos mas na verdade são fascistas que só pregam o terror e até agora estamos servindo de "boi de piranha" para esses baderneiros!
ExcluirExcelente texto, esse publicado pelo movimento mobiliza UEG. Na verdade a UEG (reitoria) não está sabendo contornar a situação, fica só tentando mostrar o que nunca fez, encalacrado numa onipresença, onisciência e INCOMPETÊNCIA, não é capaz de resolver problemas simples, como por exemplo os trâmites processuais internos, resultando com isso numa verdadeira paralisia de gestão, além é claro da mais absoluta subserviência ao gov. do estado, como aliás nunca se viu na história desta Instituição.
ResponderExcluirEngraçada a história do MMUEG - Movimento Mobiliza UEG.
ResponderExcluirAlgum tempo atrás esses estimados cidadãos atuavam politicamente na UEG sob o signo do FÓRUM DE DEFESA DA UEG. Aliaram-se à Marconi perillo para solapar as bases da autonomia da UEG. Com a total e mais absoluta ajuda de membros do FÓRUM (Olacir, nelson de abreu, marcelo Moreira, Luis carlos, Jean Carlos, Paulo ventura e etc)o governo de Marconi destruiu completamente a autonomia e fez interveção nos cargos de 1º escalão, indicando militantes do PSDB e do PHS para ocupá-las. Esse bando oportunista apoiou ainda a imposição do reitor biônico Haroldo Reimer (ligadíssimo a Marconi perillo)e da vice-reitora biônica Eliana França (uma das maios odiadas secretárias de educação de Goiás no passado)e a diretora do Núcleo de seleção, indicada pelo Bicheiro cachoeira. no final de 2012 apoiaram a eleição do marconista Haroldo Reimer para reitor achando que iriam ganhar de presente 02 Pró-Reitorias após a eleição. levaram uma rasteira. Haroldo, depois de eleito reitor, não quis saber desses picaretas oportunistas e além de manter os indicados de Marconi,indicou 03 servidores de 1º escalão de sua confiança. Após terem sido alijados do processo de indicação das pró-Reitorias e depois de trair toda UEG apoiando a intervenção brutal de Marconi perillo na UEG tomaram a "Sábia" decisão de tracar o nome do FÓRUM DE DEFESA DA UEG p/ MOVIMENTO MOBILIZA UEG. Sem cargos na reitoria restou-lhes o caminho da oposição. Por isso que em 2013 decidiram decretar greve contra o reitor e o governo de Marconi.
qq
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