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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

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quinta-feira, 2 de maio de 2013

NOTA DE REPÚDIO AO COMUNICADO DO REITOR SOBRE A GREVE


NOTA DE REPÚDIO AO COMUNICADO DO REITOR SOBRE A GREVE

Esse documento nasce em  resposta ao “Comunicado sobre a decisão de ‘greve’ na UEG” (http://www.cdn.ueg.br/arquivos/ueg/noticias/13858/documento.pdf).

O reitor afirma que “não houve, a qualquer tempo, a procura de comissão ou representação dos segmentos organizados para apresentação formal à Reitoria das pautas discutidas em reuniões, atos ou assembleias, nem comunicação oficial de ‘greve’, na forma da lei”.

Não podemos dar mais importância aos meios e à forma do que aos fins e, principalmente, à essência das coisas.

Seria bom relembrar que o reitor assistiu e foi envolvido nas principais ações realizadas pelos participantes do movimento que culminaram nesta decisão de greve. Ele foi à assembleia do dia 25 de abril, realizada num ginásio da ESEFFEGO, teve garantida pelos presentes uma fala de cerca de 5 minutos, e se retirou antes da deliberação da Assembleia Geral pela greve.

Antes desse evento, esteve presente na interdição da entrada do prédio da reitoria, das 7 às 10:40h, no dia 27 de fevereiro; depois disso, os estudantes da UnUCET estiveram na reitoria e lhe apresentaram suas queixas sobre a precariedade do funcionamento daquela unidade; algum tempo depois, ele compareceu a uma assembleia de professores e estudantes na mesma unidade e foi cobrado, mais uma vez, por providências para os seus problemas imediatos; numa outra assembleia assistiu à tomada de decisão de fazer uma paralisação na referida unidade; no dia 16 de abril, data do aniversário da UEG, ele ficou ciente de um ato que estava sendo realizado na porta do palácio do governo estadual. Na oportunidade, foi entregue para assessoria do Governo um documento contendo as principais reivindicações do Movimento Mobiliza UEG, amplamente divulgado nas redes sociais,  enquanto ele comemorava os 14 anos da UEG no prédio da reitoria com o governador Marconi Perillo. No dia seguinte (17 de abril), os estudantes fizeram a interdição da rodovia (BR 060/153) em frente ao prédio da reitoria e foram recebidos pela vice-reitora, na sala de reuniões daquele órgão, ocasião em que, mais uma vez, apresentaram as principais demandas do movimento.

O que mais era necessário para que o senhor reitor tomasse conhecimento dos motivos que nos levaram a decidir fazer a greve?

No item nº 8 do “comunicado”, foi dito “Em respeito aos institutos da democracia e da legalidade dos atos, conclama-se todos os Docentes, Servidores e Estudantes para a retomada imediata das atividades, sob pena de incursão em atos de ilegalidade passíveis de sansão”. Caberia perguntar: para punir os desobedientes grevistas o senhor reitor poderá contar com os rigores da lei e as deliberações do alienado poder judiciário e com a força do autoritário poder de polícia do estado, mas quem punirá o governo pelo descumprimento das leis que prescrevem ações necessárias ao bom funcionamento da precária UEG?

Caso o senhor reitor coloque em prática essa ameaça de impor sanções a professores, estudantes e funcionários administrativos em greve, passará à história da UEG como o primeiro reitor a punir grevistas. Triste memória! E olha que ele ingressou na UEG por meio de um concurso que nos custou 34 dias de greve “ILEGAL”, envolvendo 12 unidades, para forçar o governo a autorizar a sua realização para preenchimento de 475 vagas para professor.

É preciso fazer o debate firme, objetivo e preciso com o governo. A organização e mobilização é o único caminho para forçar a negociação e o diálogo. Por isso, não seria o caso de inverter a argumentação do reitor, ou seja, que o estado de mobilização em que nos encontramos atualmente foi o único caminho possível para o diálogo, já que nas ações apontadas acima fomos seguidamente ignorados.

Movimento Mobiliza UEG – 30.04.2013

Um comentário:

  1. Sou Acadêmico da Unidade Universitária de Porangatu, onde estão tentando entrar de GREVE, só que a maioria dos professores "Contratos" não querem entrar por MEDO de ser demitido. Sendo que a unidade precisa de muito mais investimentos. Devia sim entrar em GREVE e LOGGOO.

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