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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Mobilização na Região da Estrada de Ferro

Fomos ontem, eu, Professor Elton (Eng. Agricola - UNUCET) e o Adriano (acadêmico do curso de Biologia UNUCET) a Pires do Rio e Ipameri. Fomos recebidos por professores e alunos nas duas unidades, discutimos a pauta de reivindicações, a mobilização e a política da reitoria e do governo para a universidade. Muitos professores desconheciam a discussão do plano de cargos e salários e criticaram a forma como a universidade tem sido pensada e administrada. Muitos pontos apresentados pelos professores vão ao encontro do que tem sido debatido no movimento e, a meu ver, mostram como o movimento é importante para pensarmos a universidade, nossas condições de trabalho e o modelo de gestão atual. Nas duas unidades foram encaminhadas reuniões e assembléias, ainda nessa semana. Em Ipameri na crítica dos professores enfatizaram sobre a precarização dos contratos (a consequente precarização do trabalho que leva muitos professores e funcionários a abandonarem a instituição), a estrutura (faltam salas de aula para a graduação e pós-graduação) e a morosidade e pessoalidade dos processos encaminhados pelos professores (processos que envolvem a compra de equipamentos para o ensino de graduação e pós-graduação). Em relação à morosidade, a reitoria elege aquilo que é prioritário e processos encaminhados pelos professos ficam anos a fio a espera de viabilização. Isso altera em algumas situações em que os professores encontram com pró-reitores ou o reitor e apelam, forçam um encaminhamento. As soluções se dão em uma pessoalidade. Os próprios professores consideram essa prática incorreta e inviável. Considerando a situação colocada pelos professores o discurso do reitor sobre excelência da universidade é, no mínimo, "jocoso". Tanto em Ipameri, quanto em Pires do Rio, os professores criticaram a forma burocrática e atropelada do processo de bolsas da UEG. Discutimos também a forma de organização do movimento, problematizamos a questão do sindicato e os professores reconheceram que nosso modelo autônomo é importante e que possibilita uma interlocução inviável e impraticável nas estruturas sindicalizadas. Provavelmente, com um sindicato, não teríamos a oportunidade de encontros, discussões e reflexões como temos hoje. Em Pires do Rio os professores colocaram o problema da administração em relação a forma como professores e funcionários temporários são tratados: o problema do salário e do concurso (distribuição de vagas). A visita as unidades ainda não paralisadas é muito importante. Muitos professores, alunos e técnicos desconhecem o que tem sido encaminhado pelo movimento e como nossas vão de encontro ao que eles tem criticado na UEG. Para mim, particularmente, ficou evidente que o modelo de administração da UEG, a concepção de Universidade, é burocratizada, centralizada e, portanto, avesso a um projeto de educação com qualidade. Deveríamos discutir mais esse modelo, deixar nas mãos de diretores, pró-reitores e reitores a decisão sobre nosso salário, o ensino, a pesquisa ,a extensão é temeroso. Aliás, o encontro e a discussão com os professores deixa claro como essa estrutura é necessária para essa  UEG que criticamos. Deveríamos lutar pelo fim desse conselho universitário e pela participação direta de professores, alunos e técnicos nas decisões da universidade.  
Um abraço a todos.
André - UNUCET         

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