No próximo dia 16 de abril,
a Universidade Estadual de Goiás completará 14 anos de existência. Foi criada
em 1999, ainda no primeiro mandato do governo Marconi Perillo, através da integração de
todas as faculdades estaduais de ensino superior existentes no estado. No
decorrer dos anos, ainda sob o governo Marconi Perillo, a UEG passou por uma
expansão vertiginosa, sem critérios, sem planejamento e sem estruturação. Foram
abertas novas unidades e novos cursos em várias cidades de Goiás, obedecendo
apenas a demandas clientelistas/assistencialistas e a interesses meramente
partidários ou de mercado. Criou-se assim, uma das maiores universidades
públicas do Brasil, porém, sem infra-estrutura, sem concursos para docentes ou
funcionários, e ainda sem nenhum projeto, modelo ou proposta política séria de
funcionamento, manutenção e de gestão universitária. Tal crescimento anômalo, somado
às constantes intervenções do governo na UEG, que anularam por completo a sua
autonomia, e também às incessantes práticas de políticas neoliberais na
educação em Goiás nas últimas décadas, tiveram como conseqüência o total
desmantelamento e sucateamento da UEG. A
atual política de arrocho salarial, a falta de concursos públicos, o não
investimento em infra-estrutura, a total ausência de políticas de
assistência-estudantil, contribuíram e ainda contribuem para a realidade
calamitosa e vergonhosa que se encontra hoje a UEG. Estes são fatores que tem
levado a Universidade Estadual de Goiás, a ser colocada como uma das piores do
país, em que pese que nesses últimos anos os recentes concursos e aprovação de
mestrado, fruto também das lutas e mobilizações, esse fato tende a amenizar um
pouco, entretanto se não forem tomadas as medidas cabíveis para o desenvolvimento
e consolidação de fato da UEG, essa não conseguirá sair dessa situação.
Sensíveis a tal situação em
que se encontra a UEG e sabendo de seu importante papel, neste atual e sombrio
contexto, os professores, funcionários e estudantes da UEG, através do MOVIMENTO
MOBILIZA UEG, vem através da luta social e da mobilização, exigir dos
responsáveis a solução dos problemas citados, tendo em vista o desenvolvimento
do real papel da universidade pública, que é o de oferecer educação com a
qualidade que a população de Goiás espera por meio do ensino, da pesquisa e da
extensão.
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