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O Movimento Mobiliza UEG consiste num movimento unificado de professores, estudantes e funcionários técnico-administrativos da Universidade Estadual de Goiás, espontâneo, independente, não institucionalizado, não hierarquizado e que adota como estratégia de atuação a ação direta. Seu objetivo é intervir no processo de construção da UEG com a finalidade de torná-la, de fato, uma universidade pública, gratuita, autônoma e democrática, capaz de cumprir o seu papel enquanto instituição de educação superior, produtora e socializadora de conhecimentos que contribuam para o bem-estar da sociedade goiana, em particular, da sociedade brasileira, em geral, e, quiçá, de toda a humanidade, primando pela qualidade reconhecida social e academicamente.
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Relato da Grande Interdição da Reitoria da UEG
Relato da manifestação na reitoria no dia 27-2-2013
Era manhã do dia 27 de fevereiro de 2013... Antes das 7
horas, vários professores, cumprindo deliberação de assembleia geral, iniciaram
a interdição da entrada da Reitoria da Universidade Estadual de Goiás. Pouco
tempo depois, mais professores e estudantes chegaram para engrossar a
manifestação.Tendo instalado faixas, organizado equipamento de som, distribuído
camisetas e panfletos, vários participantes se revezaram ao microfone denunciando
a precariedade das condições de funcionamento da universidade e o
descompromisso do governo estadual com a sua manutenção.
Também foram apresentadas as reivindicações da comunidade
universitária: reajuste e aumento salarial para os professores; aprovação do projeto
de reformulação do seu Plano de Carreira com incorporação da Dedicação
Exclusiva aos vencimentos; concurso público para professores e
técnico-administrativos; restaurante universitário, além de outras demandas,
como a necessidade de reformas e construção de novos prédios para as Unidadesda
UEG.
Em meio a mobilização geral e numa atmosfera de coragem e
ousadia, os estudantes decidiram ocupar a BR 153, fazendo daquele episódio uma
demonstração pública da potencialidade que está investida na luta estudantil.
Nós, professores, conscientes das inúmeras reivindicações
dos acadêmicos (moradia estudantil, restaurante universitário, bolsas,
renovação e acréscimo dos acervos das bibliotecas, além de várias outras) não hesitamos
em apoiá-los e ali, uníssonos, ecoaram os gritos por uma Universidade autônoma,
de qualidade, que possa garantir aos professores (as) e acadêmicos (as) condições
dignas de trabalho e estudo.
Era aquele um momento singular que há algum tempo não se via
na Universidade (é oportuno lembrar que estávamos há quase dois anos sem
qualquer ato com aquelas proporções, o que ocorreu por uma série de razões que
no momento não cabe registrar aqui). E eis que a emissora de TV aparece e faz
um registro de nossas ações, o que foi deveras muito proveitoso, pois tornou de
conhecimento público o ato que ali se realizava em meio às denúncias de
corrupção nos meandros do aparelho burocrático da Universidade, acompanhado da
informação de que quatro concursos foram cancelados por uma séria falha
cometida pelo Núcleo de Seleção da Universidade. A propósito desta falha,
durante a manifestação vários cartazes foram levantados, sendo que um deles
trazia uma informação interessante: “Vendem-se vagas para a polícia civil”. O
cômico é uma estratégia fecunda e inteligente de manifestação. Não raras vezes a
comicidade marcou o momento que narramos. A interdição da reitoria só foi suspensa
pelos manifestantes às 10:40, quando os membros do Conselho Universitário,
inclusive o reitor, puderam entrar no prédio para a segunda parte da reunião
que havia sido iniciada no dia anterior. Findado aquele ato, fomos para a
UnUCET. Lá, foi cozinhada uma saborosa macarronada, a qual, dignamente,
alimentou a todos que ali estavam. Cabe registrar que, devido à inexistência de
restaurante universitário na UEG, os estudantes se vêm obrigados a levar marmitas
e a pagarem R$ 1,50 para esquentar sua comida. Não são “boias-frias”, são
boias-requentadas.
Novamente, numa demonstração inconteste de expertise, o
Reitor, durante o intervalo do CsU, pôs-se a nutrir de nossa macarronada, do
que tomamos conhecimento quando estávamos no auditório da UnUCET com o
propósito de deliberar as ações ulteriorese discutir com os alunos a sua
participação no movimento. Após várias falas, foi reafirmada a paralisação
geral no dia 7 de março, ocasião em que haverá uma assembleia na ESEFEGO, às 9
horas, e, possivelmente, uma manifestação em frente ao Palácio do Governo estadual,
na praça Cívica. Conclamamos a todos os professores, estudantes e funcionários
a participarem das atividades do dia 7 em Goiânia.
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